vandevoern: Javé o Deus dos pobres do povo sofredor, aqui nos reuniu pra cantar o seu louvor.
vandevoern: Pra nos dar esperança e contar com sua mão, na construção do reino, reino novo povo irmão.
vandevoern: Sua mão sustenta o pobre, ninguém fica ao desabrigo, dá sustento a quem tem fome, com a fina flor do trigo.
vandevoern: Alimenta o nosso sonho, mesmo dentro da prisão, ouve o grito do oprimido, que lhes toca o coração.
vandevoern: É teu esse momento de adoração, não tenho nem palavras para me expressar.
vandevoern: No brilho dessa luz que vem do teu olhar encontro meu abrigo, meu lugar.
vandevoern: E quando estamos juntos entre nós estás, passando em nosso meio a nos abençoar.
vandevoern: E tocas com ternura com a tua mão a cada um que abre o coração.
vandevoern: Minhas mãos se elevam, minha voz te louva, o meu ser se alegra quando estou em tua presença, Senhor.
vandevoern: Eu não sei cantar, eu não sei rezar, eu não sei fazer canções bonitas como tanta gente faz
vandevoern: Sou como criança que só sabe balbuciar, mesmo assim o teu amor me mandou profetizar.
vandevoern: Minha profecia é feita de alegria, eu não sei cantar o amor perdido como tanta gente faz.
vandevoern: Sou criança que da noite faz o dia, depois que fez a manhã está sorrindo de alegria.
vandevoern: Canto quando choro, canto pra sorrir, minha profecia o mundo inteiro vai ouvir.
vandevoern: Canto pela paz,canto contra a guerra, canto pra varrer o egoismo desta terra.
vandevoern: Teu amor me disse, vai falar de paz, eu não sei falar de armistício como tanta gente faz.
vandevoern: Creio na criança, no jovem e no velho, na minha vida eu vou escrever teu evangelho.
vandevoern: Vem, vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora não espera acontecer.
vandevoern: Levanta a cabeça e siga, encare de frente a vida, busque dentro de si mesmo a esperança de vencer.
vandevoern: Caminhe pra frente, se ajude, explore sua juventude, seja humilde, acredite, você vai vencer.
vandevoern: Jovem a vida é linda, basta tentar descobrir, leve a esperança no peito por onde você seguir.
vandevoern: Cante, cante a esperança, faça a esperança brilhar, leve este canto, essa força a quem precisar.
vandevoern: Vamos cantar a esperança,fazer a esperança brilhar. E que seu brilho cresça sempre mais, pra não mais apagar.
vandevoern: Não há ó gente, oh! não, luar como este do sertão.
vandevoern: Oh! que saudade do luar da minha terra, lá na serra prateando folhas secas pelo chão.
vandevoern: Este luar cá da cidade tão escuro não tem aquela saudade do luar lá do sertão.
vandevoern: Se a lua nasce por detrás da verde mata mas, parece um sol de prata prateando a solidão.
vandevoern: A gente pega na viola que ponteia e a canção é a lua cheia a nos nascer no coração.
vandevoern: Coisa mais bela neste mundo não existe do que ouvir um galo triste no sertão, se faz luar!
vandevoern: Parece que até a alma da lua que desponta escondeu-se na garganta desse galo a soluçar.